sábado, 18 de outubro de 2008

EMANCIPAÇÃO DE DISTRITOS

Os deputados aplaudiram o discurso do presidente da Casa em defesa da criação de novos municípios

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Domingos Filho (PMDB), comemorou a aprovação do projeto de lei complementar no Senado, na última quarta-feira, dia 15, que define regras para a criação, incorporação, fusão, desmembramento e instalação de municípios. O projeto aprovado foi baseado em propositura de autoria do peemedebista. A matéria será votado agora na Câmara dos Deputados. Após sancionado, as Assembléias Legislativas retomam o direito de criar novos municípios.Em 1996 a prerrogativa dos Estados de legislar sobre as emancipações foi retirada pela Emenda Constitucional 15/96. Na época, foi uma medida para frear as emancipações. Domingos ressaltou que o relator do projeto de lei complementar no Senado, senador Tasso Jereissati (PSDB), foi a favor da Emenda Constitucional.´Agora, como relator, ele pôde compreender que não se poderia simplesmente impedir a emancipação, o que deveria se fazer é ter regras”, esclarece. De acordo com Domingos Filho, a emancipação desenfreada resultou na transformação em municípios de distritos que não tinham viabilidade.A finalidade do projeto de lei complementar que acaba de ser aprovado no Senado, é definir regras para a emancipação, regras essas, que segundo Domingos Filho, correspondem a realidade de cada Região, o que para ele, é um detalhe essencial, pois cada Região tem suas diferenças.As regras serão obedecidas através do estudo de viabilidade que será realizado pelas Assembléias. Ele levará em conta a estrutura urbana, estimativa de receitas e de administração, existência de equipamentos sociais e de infra-estrutura, viabilidade política e administrativa como bens necessários ao funcionamento do Executivo e Legislativo e o número populacional, que é de cinco mil habitantes nas Regiões Norte e Centro-Oeste, sete mil no Nordeste e dez mil no Sul e Sudeste.Além do estudo de viabilidade terá que ser realizada uma consulta plebiscitaria em todo o município para questionar a população se concorda com a mudança. Domingos Filho questiona, de certa forma, a obrigatoriedade da pesquisa em todo o município, segundo ele, pelo fato de nem todos os habitantes conhecerem a realidade do município cujo distrito será desmembrado em razão da quantidade de distritos e a distância entre eles, mas admite ser necessário a consulta.


Fonte: Diário do Nordeste de 18 de outubro de 2008

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